O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo
Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Aprendizado conjunto
Freire criticava a idéia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo - portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. "Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. "Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo", diz José Eustáquio Romão, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente para o ensino de adultos. Basicamente, o método propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo "tijolo" para os operários da construção civil.
Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita. "Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas lingüísticas do idioma materno", diz Romão. Embora a técnica de silabação seja hoje vista como ultrapassada, o uso de palavras geradoras continua sendo adotado com sucesso em programas de alfabetização em diversos países do mundo.
Seres inacabados
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)", dizia Freire. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história".
No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a idéia de que tudo está em permanente transformação e interação. Por isso, não há futuro a priori, como ele gostava de repetir no fim da vida, como crítica aos intelectuais de esquerda que consideravam a emancipação das classes desfavorecidas como uma inevitabilidade histórica. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como "histórico e inacabado" e conseqüentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase famosa, que "o mundo não é, o mundo está sendo".
Três etapas rumo à conscientização
Embora o trabalho de alfabetização de adultos desenvolvido por Paulo Freire tenha passado para a história como um "método", a palavra não é a mais adequada para definir o trabalho do educador, cuja obra se caracteriza mais por uma reflexão sobre o significado da educação. "Toda a obra de Paulo Freire é uma concepção de educação embutida numa concepção de mundo", diz José Eustáquio Romão. Mesmo assim, distinguem-se na teoria do educador pernambucano três momentos claros de aprendizagem. O primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que o aluno conhece, não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos mas principalmente para trazer a cultura do educando para dentro da sala de aula. O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas em discussão - o que permite que o aluno construa o caminho do senso comum para uma visão crítica da realidade. Finalmente, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada etapa de problematização: o conteúdo em questão apresenta-se "dissecado", o que deve sugerir ações para superar impasses. Para Paulo Freire, esse procedimento serve ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do aluno.
Fonte: Texto de Márcio Ferrari no site da Revista Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br
ESCOLA MUNDO ENCANTADO
Blog da Escola Mundo Encantado, voltado a divulgação das atividades da escola e de conteúdo educacional.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
COMO FALAR DE PAPAI NOEL?
Especialistas defendem: estimular a fantasia no bom velhinho é saudável para o desenvolvimento dos pequenos. Entenda o porquê
Ninguém deve tirar de uma criança a capacidade de fantasiar
O Natal, uma das festas mais comemoradas em todo o mundo, está chegando. É época de esbarrar com Papai Noel em ruas, lojas, shoppings, restaurantes. O que não é nada mal, já que ver os filhos felizes é um dos maiores prazeres de pais e mães. Mas estimular a fantasia é saudável para o desenvolvimento dos pequenos? "Incentivar a crença no Papai Noel é absolutamente saudável. Mais do que isso: é imprescindível! Toda criança merece viver o encantamento do Natal", garante a psicoterapeuta e contadora de histórias Alessandra Giordano, de São Paulo.
Ninguém deve tirar de uma criança a capacidade de fantasiar. De acordo com os especialistas, o papel dos pais é, ao contrário, facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, oferecendo-lhes todas as possibilidades de sonho e fantasia. "O Papai Noel é, sem dúvida, uma das recordações mais bonitas que trazemos da infância. E o que fica registrado em nosso inconsciente não é só a figura do entregador de presentes, pois o Papai Noel representa muito mais do que isso. O velhinho barbudo e simpático é o valor da família, da fraternidade e da bondade. E é também o respeito ao idoso", defende Rosana Zanella, psicóloga e professora do Instituto Sedes Sapientiae e da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), de São Paulo.
Além de proporcionar uma infância mais feliz e cheia de imaginação, o Papai Noel também oferece outras representações simbólicas. "É ele que vai se esforçar para atender aos nossos desejos. A ideia de que vamos encontrar bons velhinhos ao longo da vida é o que nos ajuda a aguentar o 'tranco'. É o que chamamos de fé na vida", diz Carolina Scheuer, psicóloga especialista em psicanálise da criança.
Ela afirma que as figuras mitológicas criadas na infância são fundamentais durante todo o nosso percurso. "De modo geral, a realidade é uma coisa difícil de ser digerida sem 'amortecimento', na infância e na vida adulta." É claro que adultos e crianças lidam com a fantasia de maneiras completamente diferentes, mas todos, em algum grau, precisam dela para dar conta de suas angústias e ansiedades. "É pela via do imaginário e da fantasia que conseguimos elaborar nossas questões afetivas e isso começa na infância", afirma Carolina.
Muitos pais têm dúvidas sobre o que dizer aos filhos a respeito do Papai Noel. Diante desse dilema, a psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) experimentou negar a fantasia aos seus rebentos. Ela acreditava que a realidade deveria prevalecer em qualquer circunstância. Mas, certo dia, deparou-se com um pedido dos filhos: eles queriam se mudar para a casa da vizinha. Intrigada, perguntou o motivo e encontrou a resposta: é que lá existia Papai Noel. "O caso está registrado em uma das contribuições de Klein à psicanálise e mostra que a fantasia é intrínseca à criança, queiram os pais ou não", avalia Carolina.
Fonte: texto de Juliana Bernardino no site Educar para Crescer - http://educarparacrescer.abril.com.br
NATAL
Olá Amiguinho, no dia de natal ganhamos muitos presentes e
fazemos uma grande festa, mas você sabe qual é o motivo de tanta
comemoração?
O natal é comemorado no dia 25 de dezembro, mas a festa sempre começa um dia antes, durante a ceia de natal! É quando a mamãe ou a vovó preparam aquela mesa cheia de coisas gostosas para comer. A tradição da ceia vem da "Santa Ceia", quando Cristo reuniu seus Apóstolos e instituiu o Santíssimo Sacramento.
No dia de Natal é celebrado o nascimento de Jesus. Ele nasceu em Belém, em uma gruta, e durante sua vida espalhou pelo mundo lições de amor ao próximo.
A história nos conta que no dia do nascimento de Jesus, teria ocorrido uma grande explosão estrelar que resultou na imagem da estrela de Belém. Os três Reis Magos: Belchior, Baltasar e Gaspar, foram guiados por esta estrela até o local onde nasceu Jesus, levando em oferenda ouro, incenso e mirra.
O ouro que representa a realeza, o incenso que representa a divindade e a mirra que representa a imortalidade.
A cena dos Reis Magos encontrando Jesus foi imortalizada pelos presépios, que até hoje são montados durante esta época do ano. Quem tomou a iniciativa de montar o primeiro presépio foi São Francisco de Assis, em 1224. A partir daí, a tradição de montar o presépio ganhou o mundo.
Outro símbolo muito importante no natal são as árvores enfeitadas. Esse ritual foi extraído dos pagãos. Durante o inverno os povos europeus tinham o costume de enfeitar suas casas com folhagens e árvores ainda verdes para alimentar a esperança de que a primavera se aproximava. Sob o ponto de vista religioso, a árvore de natal, toda verde, é sinal de vida, enquanto as bolas nela penduradas significam os bons frutos oferecidos por Jesus à Humanidade. Já as velas representam a presença de Cristo como Luz.
Agora, um dos ícones mais encantadores do natal é sem dúvida o Papai Noel. Diz a lenda que ele vive no Pólo Norte e tem uma fábrica de brinquedos, onde trabalham seus ajudantes, os duendes. Na noite de natal, ele pega seu trenó, puxado por renas voadoras, enche seu saco vermelho de presentes e sai para presentear todas as crianças que se comportaram bem durante o ano.
A figura do bom velhinho de barbas brancas foi inspirada no bispo São Nicolau. "Atribuíram-se a ele vários milagres, mas o que marcou definitivamente foi sua bondade e a prática de distribuir presentes entre as crianças".
Fonte do texto: site Smartkids - http://www.smartkids.com.br
O natal é comemorado no dia 25 de dezembro, mas a festa sempre começa um dia antes, durante a ceia de natal! É quando a mamãe ou a vovó preparam aquela mesa cheia de coisas gostosas para comer. A tradição da ceia vem da "Santa Ceia", quando Cristo reuniu seus Apóstolos e instituiu o Santíssimo Sacramento.
No dia de Natal é celebrado o nascimento de Jesus. Ele nasceu em Belém, em uma gruta, e durante sua vida espalhou pelo mundo lições de amor ao próximo.
A história nos conta que no dia do nascimento de Jesus, teria ocorrido uma grande explosão estrelar que resultou na imagem da estrela de Belém. Os três Reis Magos: Belchior, Baltasar e Gaspar, foram guiados por esta estrela até o local onde nasceu Jesus, levando em oferenda ouro, incenso e mirra.
O ouro que representa a realeza, o incenso que representa a divindade e a mirra que representa a imortalidade.
A cena dos Reis Magos encontrando Jesus foi imortalizada pelos presépios, que até hoje são montados durante esta época do ano. Quem tomou a iniciativa de montar o primeiro presépio foi São Francisco de Assis, em 1224. A partir daí, a tradição de montar o presépio ganhou o mundo.
Outro símbolo muito importante no natal são as árvores enfeitadas. Esse ritual foi extraído dos pagãos. Durante o inverno os povos europeus tinham o costume de enfeitar suas casas com folhagens e árvores ainda verdes para alimentar a esperança de que a primavera se aproximava. Sob o ponto de vista religioso, a árvore de natal, toda verde, é sinal de vida, enquanto as bolas nela penduradas significam os bons frutos oferecidos por Jesus à Humanidade. Já as velas representam a presença de Cristo como Luz.
Agora, um dos ícones mais encantadores do natal é sem dúvida o Papai Noel. Diz a lenda que ele vive no Pólo Norte e tem uma fábrica de brinquedos, onde trabalham seus ajudantes, os duendes. Na noite de natal, ele pega seu trenó, puxado por renas voadoras, enche seu saco vermelho de presentes e sai para presentear todas as crianças que se comportaram bem durante o ano.
A figura do bom velhinho de barbas brancas foi inspirada no bispo São Nicolau. "Atribuíram-se a ele vários milagres, mas o que marcou definitivamente foi sua bondade e a prática de distribuir presentes entre as crianças".
Curiosidade
A
maioria das versões sobre a procedência da árvore de Natal indica a
Alemanha como seu país de origem. A mais aceita atribui a novidade ao
padre Martinho Lutero, autor da Reforma Protestante do século 16. Ele
montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa. Queria, assim,
mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de
Cristo.
(fonte: Guia dos Curiosos)Fonte do texto: site Smartkids - http://www.smartkids.com.br
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
HISTÓRIA DO PAPAI NOEL
O Papai Noel é um personagem criado no século IV, por Nicolau
Taumaturgo que, em sigilo, colocava um saco com moedas de ouro na
chaminé das casas dos que estavam precisando de ajuda na época do natal.
Tornou-se santo e símbolo natalino, partiu da Alemanha, onde vivia, até
se tornar conhecido por todo o mundo.
Diz a lenda que Papai Noel é um bom velhinho de barba branca e comprida
e vestimenta vermelha que mora no Polo Norte. Papai Noel juntamente com
seus assistentes, os duendes, fabricam presentes para oferecer às
crianças que se comportaram e obedeceram os pais durante o ano. Os
duendes, além de fabricarem presentes, trabalham também perto de nossas
casas conhecendo o comportamento de cada criança e sua obediência com
seus pais e para isso percorrem todo o mundo
Ao passar pelas casas, recolhem as cartinhas feitas pelas crianças e as
levam até o Papai Noel. De acordo com o comportamento visto pelo duende
é que o Papai Noel concede ou não o presente pedido pela criança em sua
cartinha.
Quando o pedido é concedido os duendes fabricam o presente e o Papai
Noel pessoalmente se dirige até a casa de cada criança em seu trenó,
puxado pelas renas, e desce pela chaminé ou entra pela janela, assim
deixa o presente debaixo da árvore de natal. Na noite de natal o
presente será encontrado na árvore com o nome de cada criança.
Seu nome varia de acordo com o país, podendo ser chamado de Santa
Claus, Father Christmas, Nikolaus, Julemanden, Babouschka, Pai Natal,
Perè Noel, Babbo Natale, Joulupukki, Sinterklaas.
Fonte: Texto de Gabriela Cabral no site Brasil Escola - http://www.brasilescola.com
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
COMO OS PAIS PODEM AJUDAR OS FILHOS NA ESCOLA?
Auxiliar na lição de casa e incentivar a leitura já ajuda os pequenos
— É comum que pais que trabalham fora de casa acabem se afastando dos fazeres escolares dos filhos, com a justificativa de estarem muito atarefados. Mas é preciso entender que, mesmo com papéis diferentes, a escola e a família têm o objetivo comum de educar a criança para a vida em sociedade. Já que têm o tempo limitado, os progenitores devem investir em um relacionamento de qualidade, e não de quantidade, no qual os aspectos específicos da escola sejam também contemplados — explica Francisca.
Para a especialista, é possível que o núcleo familiar se integre a este processo de diversas maneiras. O pai e a mãe podem, por exemplo, auxiliar nas lições de casa e nos trabalhos escolares em um local sossegado da casa, dando dicas, indicando pesquisas, relendo e comentando as atividades realizadas e mesmo resolvendo alguma dúvida. Porém, eles devem evitar cair na tentação de fazer o trabalho pelo estudante, uma vez que a tarefa é de responsabilidade do aluno, que deve estar apto a realizá-la com autonomia.
Incentivar a leitura e o gosto por programas culturais desde cedo e participar dos eventos que acontecem na escola, como reuniões de pais e mestres e festas, são outras ações importantes para conhecimento e integração com os professores e demais famílias daquela comunidade escolar. Também vale explorar o novo universo que se abre aos filhos e aprender — ou relembrar — assuntos relacionados a números, plantas, animais, história e geografia, entre outros. Ao perceber que é acompanhada nesse processo de desenvolvimento educacional, a criança se sente valorizada e importante na vida familiar.
Muitas vezes, ajudar o pequeno a ter um bom desempenho na escola é uma questão apenas de ouvir seus problemas — mesmo os que parecem irrelevantes —, elogiá-lo e repreendê-lo quando necessário, orientando–o em cada situação.
— Para os estudantes obterem bons resultados na escola, algumas palavras-chave são fundamentais, como: estrutura, disciplina, desafios, reconhecimento, motivação, limites, escolhas, segunda chance, compreensão, respeito e muito amor — defende a pedagoga.
Uma dica importante é que os pais não esperem que os filhos obtenham nota máxima em todas as áreas de conhecimento, mesmo que sejam ótimos alunos. O importante é que eles tenham bom desempenho, independentemente do ranking da sua turma.
— Quando os pais têm expectativas muito rígidas em relação às crianças, elas podem se frustrar por imaginarem que precisam alcançar padrões inatingíveis para conseguirem aprovação dos adultos. Contudo, é preciso que os responsáveis vejam os grandes esforços dos pequenos como boas atuações, mostrando a eles a importância de se esforçarem para aprenderem o que precisam, aceitando suas limitações — afirma Francisca.
— É necessário estabelecer limites e também cumpri-los, sem ceder diante das chantagens emocionais infantis, e chegar a um meio termo entre a permissividade e o autoritarismo, equilibrando o ‘tudo pode’ com o ‘nada pode’ e justificando o porquê das regras. Assim, eles aprendem desde cedo a fazer renúncias, a respeitar os direitos das outras pessoas e a conviver com frustrações — ensina a pedagoga.
Também vale ressaltar que um bom desempenho escolar não deve ser condicionado à entrega de mesadas ou presentes em função das boas notas ou após o término do dever de casa. Desse modo, os responsáveis ajudam as crianças a se tornarem independentes e preparadas para as obrigações da vida adulta.
Fonte: Donna ZH Online - http://zerohora.clicrbs.com.br
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
FÉRIAS ESCOLARES - O QUE FAZER COM AS CRIANÇAS?
Com a chegada do período das férias escolares as
crianças reclamam que ficam sozinhas em casa, longe dos amigos, porque
os pais têm que trabalhar e não dá para viajar durante os dois meses sem
aula.
Nessas condições, os pais devem organizar atividades
para que as férias se tornem prazerosas para seus filhos, mesmo não
tendo viajado.
Para isso, é bom manter os contatos sociais tanto com
pessoas da família como avós, primos e tios, para que as crianças
possam visitá-los em alguns dias. Na casa dos avós, por exemplo, podem
combinar de encontrar os primos da mesma faixa etária, passando o dia
todo por lá. Para visitar os primos é necessário deixar uma pessoa para
cuidar das crianças, bem como fazer passeios com os mesmos, como: ir a
um parque de diversões, ao cinema, a clubes, a zoológicos, dentre
outros.
Manter contato com os colegas de escola também é uma
forma agradável de divertir as crianças nas férias. Estes podem se
distrair pra valer passando um dia na casa do outro e vice-versa.
Combinar passeios também será uma forma atrativa de mantê-los unidos
durante o período das aulas, pois as amizades tornam-se mais
solidificadas.
Convidar amigos, sempre fazendo um rodízio dos
mesmos, pode manter seus filhos ocupados por todo o período de férias.
Quem sabe propor que fiquem para dormir para fazerem uma noite do
pijama? Nesta pode-se realizar um desfile de pijamas, concurso de piadas
e da brincadeira “o que é, o que é”, além de arrebentar uma baciada de
pipocas para assistirem um bom filme.
É bom lembrar que nos finais de semana os passeios e
diversões devem ficar por conta dos pais, para que os pequenos não se
sintam abandonados e sozinhos. Programem atividades que a família possa
interagir junta, como: pic-nic, passeios ao parque de diversão,
zoológico, trilhas e caminhadas ecológicas, a praias, clubes, onde
possam jogar bola, frescobol e tomar aquele sorvete.
Em dias de chuva os filmes e vídeo games também podem ser aproveitados, para que as crianças não fiquem sem ter o que fazer.
Em dias de chuva os filmes e vídeo games também podem ser aproveitados, para que as crianças não fiquem sem ter o que fazer.
Os shoppings são uma boa forma de se divertir, pois
lá é possível fazer um bom lanche, ir ao cinema, brincar em jogos de
fliperama e fazer algumas comprinhas. Algumas livrarias agendam momentos
de contação de histórias, com fantoches, livros atrativos e até
personagens caracterizados. É uma atividade divertida e de muito
conteúdo, uma vez que incentiva as crianças a terem interesse pela
leitura e sentir atração pelos livros.
Nos jornais de circulação local também são oferecidas
atividades como colônia de férias, shows gratuitos, cantatas de natal,
que também são consideradas ótimas atividades para as férias.
O importante mesmo é a família se organizar para que
tudo corra na mais tranqüila ordem, para atender os filhos que merecem
um descanso de qualidade
Fonte: Texto de Jussara de Barros no site Brasil Escola - http://www.brasilescola.com
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
SEIS VALORES IMPORTANTES PARA ENSINAR AS CRIANÇAS DESDE CEDO
Não é segredo para ninguém: educar uma criança é difícil. Requer persistência e dedicação dos pais, principalmente para ensinar valores importantes para o futuro dos pequenos, como amor próprio, autocontrole, respeito ao próximo e honestidade. O aprendizado não acontece da noite para o dia, e sim ao longo da vida, segundo a pedagoga Isabel Parolin, de Curitiba. Daí a importância de persistir nas mensagens que deseja transmitir e repetir mil vezes cada não, por mais difícil que seja.
“A família tem um papel extremamente importante na formação do indivíduo, mas há influências de outras pessoas, como professores, avós, babás... E elas podem ser positivas ou negativas”, explica a educadora Claudia Coelho Hardagh, de São Paulo. Veja, então, a descrição de cada valor e como ensiná-los aos pequenos desde cedo:
1. Amor próprio
Amor próprio pode ser identificado como sentimento de autopreservação, que impede que as pessoas se envolvam em situações de perigo que possam ameaçar o equilíbrio emocional delas. Nas crianças, é algo mais sutil, tem a ver com a construção da autoestima e na confiança da própria capacidade para enfrentar diferentes situações.
Na prática: Tudo isso é adquirido por meio de elogios e incentivos para enfrentar as dificuldades. E, perante alguma situação em que a criança agiu de forma errada, é importante criticar o comportamento dela, pontualmente, e não sua personalidade, de forma geral. “O mesmo vale para os elogios: tanto a falta quanto o excesso só atrapalham”, diz Isabel.
2. Autocontrole
É a capacidade de controlar, racionalmente, as reações ligadas a emoções, afetos e sentimentos. É por meio do autocontrole que a criança descobre seus limites, elege prioridades e traça suas metas e seus objetivos.
Na prática: Ensiná-las a ter autocontrole, porém, não é fácil. Você precisará enfrentar a fase da birra, persistindo com sua opinião e forma de educar. Se a criança agir errado e fizer manha, converse, mostre em que ela errou e coloque-a para pensar. Exija que ela peça desculpas, mas que entenda o motivo de ter que se desculpar. Tenha em mente que bater não resolve em nada o problema, ok?
3. Escolha
Desde bem cedo, é importante mostrar para a criança que ela não pode ter tudo o que quer e, por esse motivo, deve praticar o exercício da escolha, seja em relação a suas vontades, seja no que se refere a objetos, brinquedos etc. “Ensine ao pequeno que uma escolha é sempre, também, uma perda: ‘Lembra que você escolheu isso? Então é isso que você terá’”, sugere Isabel. O exercício de escolhas está ligado ao de autocontrole. Se a criança chorar, fizer birras, será preciso acalmá-la para explicar os prós e os contras de sua decisão.
Na prática: É muito comum, na fase de 3 a 4 anos, a criança ter dificuldade de dividir seus brinquedos e não emprestar para seus amigos. Essa é a oportunidade para mostrar que ela pode escolher dividir suas coisas ou ficar sozinha, sem amigos. “Explique que fazer acordos é algo admirado pelas pessoas e que vale a pena”, diz Claudia.
4. Honestidade
Não há uma definição única para a honestidade. É um valor ético, fundamental para o convívio social. Ensinar à criança o que é honestidade leva tempo e depende de suas próprias atitudes, exemplos e conversas.
Na prática: É comum crianças pegarem objetos, brinquedos dos coleguinhas da escola e levarem para casa. “Isso ocorre porque não há entendimento de propriedade, até porque, na escola ou no clube, brincam com tudo sem perceber que os objetos pertencem a alguém”, explica Claudia. Cabe aos pais mostrar que aquilo não é da criança, fazerem com que ela perceba o erro e devolva o objeto, pedindo desculpas. Esse processo deve ser educacional, e não um castigo causador de brigas. “Se a atitude persistir, a conversa pode ser mais rígida”, orienta Claudia.
5. Jogo de cintura
O jogo de cintura nada mais é do que ter flexibilidade, ou seja, capacidade de driblar situações de conflito. Para as crianças, é preciso ensinar seu significado desde cedo para que aprendam que suas vontades não serão sempre atendidas, mas que, ainda assim, terão escolhas e devem agir educadamente.
Na prática: Você não conseguirá ensinar seu filho a ter jogo de cintura se perde a paciência a cada problema que aparece. Seu exemplo o fará compreender como ele deve agir quando acontece algo que não o agrada, por isso, não seja tão rígida em seus pontos de vista. No convívio familiar, é importante ter (e mostrar) tolerância. “Brigas constantes, gritos e agressões verbais demonstram a falta de jogo de cintura”, avisa Claudia.
Outro exercício, segundo Isabel, é contar para a criança um erro que você cometeu e o que você fez para remediá-lo. “Eu errei o nosso omelete. Agora a mamãe vai fazer o seguinte, vamos transformar isso em uma farofa”, exemplifica.
6. Respeito
Respeito com os mais velhos, com os “diferentes”, com os animais, com a vida... Ensinar a criança a respeitar os outros é a regra quando se fala em educação infantil.
Na prática: Não há um jeito específico para ensinar o que é respeito. O primeiro passo é respeitar também, permitir que a criança aprenda assistindo a seu exemplo. Depois, é preciso ouvir as queixas dos professores e educadores da escolinha e nunca não ignorá-las. Falar mal das pessoas na frente das crianças também prejudica o ensinamento. Por fim, é importante chamar a atenção da criança ao vê-la desrespeitando outras pessoas, os animais e também o meio ambiente.
Idade certa
Os valores acima podem parecer um pouco complicados, mas devem ser transmitidos, principalmente, por meio de suas atitudes (dando o exemplo) desde o nascimento das crianças:
- Até os 2 anos de idade, a criança constrói e elabora conhecimentos sobre a realidade.
- A partir dos 4 anos, ela sai do simbólico e vai para o intuitivo. Nessa fase, já troca experiências com outras pessoas.
- Após os 7 anos, ela já é capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras e já consegue ser fiel a elas.
A vovó e a mamãe
Muitas vezes, a visão que a criança tem sobre o papel da avó e o da mãe fica conturbada exatamente porque a avó tende a tomar conta dos pequenos nos primeiros anos de vida, quando a mamãe volta a trabalhar. É preciso ter em mente que a avó não deve fazer o papel de mãe, mas também não se esqueça de que ela é mãe e tem experiência.
Por isso, é importante conversar com os avós sobre a forma como você quer educar seu filho. Deixe claro que a criança precisa deles tanto quanto precisa de você e aceite opiniões. Ainda assim, se a dinâmica não funcionar, vale adaptar seus horários para cuidar da criança ou até procurar creches e escolas que possuem os mesmos valores que você. Dessa maneira, você permite que a avó possa ser avó. “Nada mais gostoso do que a vovó ir buscar a criança na escola, levá-la para jantar e depois entregá-la para os pais”, conta Isabel.
Fonte: Texto de Ligia Menezes no Site bebe.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)