Auxiliar na lição de casa e incentivar a leitura já ajuda os pequenos
— É comum que pais que trabalham fora de casa acabem se afastando dos fazeres escolares dos filhos, com a justificativa de estarem muito atarefados. Mas é preciso entender que, mesmo com papéis diferentes, a escola e a família têm o objetivo comum de educar a criança para a vida em sociedade. Já que têm o tempo limitado, os progenitores devem investir em um relacionamento de qualidade, e não de quantidade, no qual os aspectos específicos da escola sejam também contemplados — explica Francisca.
Para a especialista, é possível que o núcleo familiar se integre a este processo de diversas maneiras. O pai e a mãe podem, por exemplo, auxiliar nas lições de casa e nos trabalhos escolares em um local sossegado da casa, dando dicas, indicando pesquisas, relendo e comentando as atividades realizadas e mesmo resolvendo alguma dúvida. Porém, eles devem evitar cair na tentação de fazer o trabalho pelo estudante, uma vez que a tarefa é de responsabilidade do aluno, que deve estar apto a realizá-la com autonomia.
Incentivar a leitura e o gosto por programas culturais desde cedo e participar dos eventos que acontecem na escola, como reuniões de pais e mestres e festas, são outras ações importantes para conhecimento e integração com os professores e demais famílias daquela comunidade escolar. Também vale explorar o novo universo que se abre aos filhos e aprender — ou relembrar — assuntos relacionados a números, plantas, animais, história e geografia, entre outros. Ao perceber que é acompanhada nesse processo de desenvolvimento educacional, a criança se sente valorizada e importante na vida familiar.
Muitas vezes, ajudar o pequeno a ter um bom desempenho na escola é uma questão apenas de ouvir seus problemas — mesmo os que parecem irrelevantes —, elogiá-lo e repreendê-lo quando necessário, orientando–o em cada situação.
— Para os estudantes obterem bons resultados na escola, algumas palavras-chave são fundamentais, como: estrutura, disciplina, desafios, reconhecimento, motivação, limites, escolhas, segunda chance, compreensão, respeito e muito amor — defende a pedagoga.
Uma dica importante é que os pais não esperem que os filhos obtenham nota máxima em todas as áreas de conhecimento, mesmo que sejam ótimos alunos. O importante é que eles tenham bom desempenho, independentemente do ranking da sua turma.
— Quando os pais têm expectativas muito rígidas em relação às crianças, elas podem se frustrar por imaginarem que precisam alcançar padrões inatingíveis para conseguirem aprovação dos adultos. Contudo, é preciso que os responsáveis vejam os grandes esforços dos pequenos como boas atuações, mostrando a eles a importância de se esforçarem para aprenderem o que precisam, aceitando suas limitações — afirma Francisca.
— É necessário estabelecer limites e também cumpri-los, sem ceder diante das chantagens emocionais infantis, e chegar a um meio termo entre a permissividade e o autoritarismo, equilibrando o ‘tudo pode’ com o ‘nada pode’ e justificando o porquê das regras. Assim, eles aprendem desde cedo a fazer renúncias, a respeitar os direitos das outras pessoas e a conviver com frustrações — ensina a pedagoga.
Também vale ressaltar que um bom desempenho escolar não deve ser condicionado à entrega de mesadas ou presentes em função das boas notas ou após o término do dever de casa. Desse modo, os responsáveis ajudam as crianças a se tornarem independentes e preparadas para as obrigações da vida adulta.
Fonte: Donna ZH Online - http://zerohora.clicrbs.com.br
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